Após aprovação pelo Senado Federal, o valor do novo salário mínimo passa a ser de R$ 545,00, sinalizando que a estabilidade das contas públicas está aquém do desejável ou certamente bem distinta da que o governo federal vem apregoando. Aprovou ainda o Senado a possibilidade desta matéria doravante ser regulada mediante edição de Decreto do Presidente da República. Um retrocesso da legislação, na medida em que o trabalhador perde a sua capacidade de pressão na definição destes valores, haja vista a concentração dessa decisão somente via Poder Executivo. Perde a democracia e perde o Brasil, pois que a relevância do salário mínimo em nossa estrutura política e econômica, demanda, para ser mais adequadamente definida o envolvimento da sociedade através do Poder Legislativo.
Diga-se, para uma nova legislatura, os atuais deputados e senadores, mostraram-se desde já, despreocupados com o povo que os elegeram, na medida em que as contas públicas não serão saneadas com o enfraquecimento econômico do trabalhador, mas sim com a punição dos corruptos detentores do poder político e do funcionalismo público, detentor da máquina pública, movida a propina, mensalão, negociatas , etc .
Porém estão seguros, pois confiantes na eterna sonolência do Judiciário, especialista em proporcioná-los o tempo necessário à caracterização das prescrições dos seus crimes.
Será sempre assim, enquanto eles ganham na indecência dos seus atos, os trabalhadores perdem na mesma indecência dos votos destes lesa-pátria, os conhecidos deputados mensaleiros.
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